segunda-feira, 22 de março de 2010

O Fim de uma Aventura Muito Louca!!!!! (E o início de várias outras)


Apareceu uma coisinha maravilhosa em nossas vidas. De todos os momentos de nossas vidas, de todos os desafios e de todas as alegrias e sonhos, o maior deles está sendo agora em todos os sentidos!!!!!!
Sempre ouvíamos, que só valorizaríamos os nossos pais quando nos tornássemos pais. Agora acreditamos, obrigado pais (agora vovós)!!!!!!!
Bem-vinda Dona Isabella, te amamos muito, não é a coisinha mais lindinha??

E tem muita coisa boa acontecendo: Um ciclo de nossa vida que planejamos e que iniciamos há 5 anos atrás, acaba de ser concluído. Viramos cidadãos AUSTRALIANOS!!!!!!!!!

Fiquem calmos, não perdemos a cidadania brasileira, não negamos que somos brasileiro e continuamos a defender nosso querido Brasil com unhas e dentes. Temos direito a dupla cidadania, agora temos uma outra pátria que aprendemos a amar e respeitar e que nos acolheu tão bem.

Está na hora de traçar novos planos, agora em 3 cabeças (por enquanto ?!?!), não podemos ficar parados, mas também para que correr? Aprendemos muito com a cultura por esses lado do mundo. Estamos cheio de energia, muito felizes, mais zen, sonhos renovados e esperançosos. A estrada é longa, nós sabemos, não fazemos a menor idéia que encontraremos no fim, mas chegaremos lá.


quinta-feira, 5 de março de 2009

O que é ser brasileiro-australiano - 2anos de luta,aprendizado e saudades

Como o tempo voa né? Parece que foi outro dia em que planejamos vir para cá , mudamos toda nossa vida, deixamos família, emprego, amigos e tudo isso buscando uma qualidade de vida a qual sonhamos para nós e para nossos futuros filhos. Em função desses dois anos, já podemos aplicar para a cidadania australiana, entretanto a fila para podermos fazer o teste on-line, o qual agora é exigido pelo governo (anteriormente era necessário marcar uma entrevista) têm sido bem longa, e provavelmente poderemos aplicar para a cidadania somente para o meio do ano.
Durante esses dois anos de Austrália podemos ver todas as diferenças de nossa cultura dentro da nossa nova realidade e rotina. Lógico todo esse depoimento é baseado em experiência pessoais minha e do Rogério e varia bastante de acordo com seu ambiente de trabalho, amigos, bairro, etc.

O que é ser brasileiro-australiano:
  • Andar no meio das ruas e ver pessoas falarem todos os tipos de idiomas (ex: mandarim, hindi, árabe, grego,etc);
  • Pegar um trem às 7:49 precisamente quase que todos os dias para o trabalho (às vezes por algum acidente ele pode atrasar). Os trens aqui aparentemente são mais feios que os de São Paulo, alguns são novos com ar condicionado, visor eletrônico, mais a grande maioria velhos. Mas o que é mais legal é que o conceito do trem se mantêm, eles normalmente são trens de 3 andares, ou seja, o andar da plataforma onde normalmente é destinado aos idosos e pais com carrinhos de bebê, uma escada que desce e outra que sobe. Os bancos são dispostos da mesma forma que os ônibus mas aos invés de 2 lugares/corredor/2 lugares são 3 lugares e 2, além de existir uma alça na pontas dos bancos que você pode rotacionar os bancos sentados de frente um para o outro e da maneira tradicional de costas. Uma coisa que eu reparei, é que toda vez que alguém vai de pé, eles ficam no corredor alinhados com o banco e nunca perpendicular ao banco de alguém. A tarifa é paga por distância e não por viagem o que para um turista acho meio confuso além do que algumas estações não terem catraca, a responsabilidade é sua de comprar o bilhete é por isso que vire e mexe a fiscalização aparece no trem e quem não tiver o bilhete certo deve pagar uma multa;
  • Pegar ônibus também com horários marcados como 8:23 (é claro que a precisão aqui não é a mesma que a do trem, aconselho sempre chegar uns 5 min antes do horário marcado) e balsa para ir trabalhar, que aliás foi um experiência muita legal, quando dividimos nosso primeiro apartamento com um casal de amigos no nosso primeiro mês aqui de Austrália;
  • É comer um tipo de requeijão achando que é catupiry; é comer chorizo espanhol achando que é calabresa; é comer pastel de feira feito em casa e não na barraca do japonês na feira de domingo; tomar vinho pois é mais barato que cerveja (ou fazer a sua própria, como os meninos têm tentado fazer); é comer camarão pois é mais barato que algumas carnes; é tomar café para viagem; é comer pão com manteiga e vegemite ou pão de forma com canela, uvas passas e manteiga ao invés de pão-de-queijo; é achar que as comidas não são tão apimentadas assim; é comer pizza nem sempre de forno a lenha; é comer comida do tipo: tailandesa, vietnamita, indiana, turca, libanesa, chinesa, grega, etc;
  • É ter um círculo de amigos que são como se fosse sua famíla, ao invés de almoçarmos juntos de domingo com a família, almoçamos junto com os amigos;
  • É achar que a empregada, a manicure, a pedicure, eram as melhores coisas do mundo. Fala sério, no Brasil somos muito mal acostumados, aqui na Australia não tem nada dessa mordomia, cada um que faça o seu trabalho os serviços são justamente bem pagos e nem sempre de qualidade, e em função disso fazemos tudo por nossa conta. Então aquela estória, de que a casa têm que ser limpa toda semana, a roupa tem que estar bem passadinha. Hum, desencana;
  • É aprender a gostar de farofar, ou seja, fazer piquenique sempre que possível ( em aniversários nos parques e nas praias, em eventos gratuitos, etc); é achar que acampar mesmo no estilo mais radical não é tao ruim assim;
  • É ver que as havaianas são os calçados mais utilizados aqui na Austrália, seja para ir para o trabalho no inverno, para fazer compras no shopping ou para qualquer outra coisa, o australiano, não tira o chinelo do pé. E pensar que quando éramos crianças tínhamos vergonha das havaianas;
  • É perceber que somos um pouco conservadores como relação ao vestuário, unhas, cabelos, etc. Primeiro, as meninas não usam saias usam cintos, a combinação das roupas é a mais colorida possível do tipo: calça verde, blusa vermelha, havaianas amarelas e unhas roxas quando as unhas não são gigantes ou cada unha pintada de cor diferente! Além disso têm a moda retrô, botas de tudo quanto é altura e modelo (apesar da qualidade do couro não ser muito boa, e qdo é boa é cara), as bolsas gigantes para poder caber o kit básico de toda australiana (maquiagem, livro, sapato para trocar no trabalho, guarda-chuva, marmita, ipod,etc);
  • Como toda boa australiana maquiagem aqui é tudo, o mesmo valor que damos para fazer as unhas elas dão para as maquiagens. As unhas dos pés e das mãos podem estar horríveis mas a maquiagem é perfeita, até mesmo para ir para praia;
  • É ser identificada como brasileira pelo tamanho da parte de baixo do biquini. As australianas acham os nossos bíquinis muito pequenos e calcinha que marca então nem pensar pois é vulgar. Mas fazer topless e usar calcinha em T que parece o nosso biquini asa delta aí tudo bem!
  • É levar marmita para o trabalho; é ver que as pessoas não escovam o dente durante o almoço, além de passarem o dedo na boca para limpar a sujeira; é não almoçar juntos com os colegas de trabalho; é perceber que é normal as pessoas não te cumprimentarem mesmo sendo da sua equipe ( por sorte onde trabalho é muito parecido com o Brasil); é respeitar a cultura do outro aqui na Austrália isso é muito sério (então nós brasileiros e nossas piadinhas, esqueça!) ; é ter 8 dias de licença para ficar doente por ano além das férias e 1 ano para mulher que acabou de ter o filho( não remunerada);
  • É procurar ter uma vida balanceada, sair do trabalho às 5:00 pm cravado e procurar fazer alguma atividade pessoal, é dizer 'No Worries, Mate';
  • É gostar de todos os tipos de shows de reality (com exceção do BBB) e concursos do tipo: Biggest Loser, So you think you can dance(aliás esse ano tem uma brasileira que está mandando muito bem na competição),etc. O único seriado australiano que temos achado de excelente qualidade chama-se 'Packed to the Rafters', mostra bem o que é uma família australiana de classe média. Lembra um pouco 'A grande família', mas tende mais para o drama do que para o humor;
  • É gastar uma fortura com creches e escolas para crianças pequenas. A média para deixar uma criança num tipo de creche chega à ser em torno de AUD$70 por dia, temos uma amiga brasileira que na creche que ela trabalha o dia de uma criança é em torno de AUD$100. Por isso, que muitas vezes as mães pedem demissão do trabalho e dizem fazer isso para serem Full Time Mother e voltam para o mercado de trabalho quando os filhos podem ir para a escola pública;
  • É ir no médico e implorar para fazer um exame, já que o australiano acha que você nunca tem nada; é ter parto normal feito pela parteira (você pode implorar, mas eles só vão fazer cesária se eles julgarem necessário) , algumas brasileiras ficaram 15horas ou mais na sala de parto para terem o bebê em alguns caso o uso do forceps também foi feito para evitar a cesária. Cesária mesmo só casos de extrema complicação. Ai, ai que medo!
  • É perder eventos importantes no Brasil como: aniversários de família; casamentos de amigos; nascimentos de filhos de primos e amigos;etc
Bom tem tanta coisa para se falar, mas o que posso dizer é infelizmente a vida é feito de escolhas e não podermos ter tudo e todos.
Estamos muito contentes com tudo que esse país têm nos oferecido: segurança, lindas praias, trabalhar o suficiente, animais que nunca tínhamos vistos no meio da cidade grande, conhecer novas culturas,etc. A saudade da família, dos amigos e da comida às vezes é duro de aguentar! Mas o que nos alivia é que graças ao telefone e a internet podemos saber com rapidez o que se passa até mesmo do outro lado do mundo e isso nos conforta!

Muitas saudades meus queridos, se cuidem e até o próximo post!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Várias Coisas

Segue o resumidão do último mês:
- Nossa prima Júlia esteve aqui em Sydney, nossa primeira visita !!!!!
Por ser a primeira ela teve tratamento VIP, até incluiu um cruzeiro com vista para o Opera House com um almoço/buffet de frutos do mar.
Ela estava no Japão e agora veio estudar em Perth (Western Australia), e está adorando. Que inveja, Júlia, você vai passar o Natal e Ano Novo juntinho da família, também vc merece, já fazem 4 anos que vc não voltava para o Brasil.


- Fomos em uma festa Halloween, na verdade era um housewarming (festa de inauguração da casa). A casa estava no clima, abóboras com vela dentro, teias de aranha, morcegos e todo mundo fantasiado, inclusive nós. A música rolou a noite inteira, muito boa por sinal, tocava música house antiga tocada por equipamentos de DJ profissional.
Só a comida que deixou a desejar, não é a toa que eles ficam bêbados. Eles bebem bastante com a barriga só forrada de batata frita.
- Fomos também num casamento. Foi entre uma australiana e um equatoriano. Ela foi professora de inglês da Estela logo que chegamos aqui, aí conheci o noivo porque ele estava precisando de alguém para jogar futebol. Foi assim que nasceu nossa amizade.
O casamento começou as 16 horas! O engraçado é que serviram cerveja e outros drinks no local da cerimônia, bebemos um pouco ali e nos deslocamos para o local da festa. Aí veio a gafe, pois eu, malandrão que sou, falei para os meus amigos que quem chegasse primeiro, reserve uma mesa para todo mundo (coisa de brasileiro). Dá para acreditar, que na entrada tinha o mapa com as mesas e as pessoas que vão ocupá-las, e quando chegamos na mesa tinha uma filipeta com o nome de cada convidado com a posição exata na mesa.
Comida e bebida muito boa, o interessante é que eles serviam comidas diferentes para homens e mulheres, por exemplo, de entrada serviram sopa para os homens e quiche para as mulheres e de prato principal foi peixe para as mulheres e carne para os homens.
Estava achando tudo normal sem muita diferenças, até as músicas eram latinas e algumas brasileiras. Só percebi que estava num casamento gringo quando vieram os discursos. Discurso do pai e mãe do noivo/noiva e padrinhos, e todos eles soavam como uma stand-up comedy.

Milagrosamente, atualizamos (graças a Dona Estela) nosso álbum de fotos. Dê uma olhada clicando aqui.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Calor

De tanto pedirmos pelo calor, ele veio. Hoje fez máxima de 37 graus. Não precisava exagerar, mas tudo bem, é melhor 37 do que 7 graus.

E para quem não acredita que o clima está ficando pirado: Na semana passada fez 9 graus e foi a menor temperatura em outubro nos últimos 30 anos.

E estamos em plena primavera, não quero nem ver quando o verão chegar.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Happy Diwali


Nunca ouviu falar do Diwali? É um dos feriados mais comemorados do mundo, com 1,15 bilhões de pessoas comemorando só na Índia.
Diwali é o principal feriado de lá, e é conhecido como o Festival das Luzes, e simboliza a eterna luta do bem contra o mal, as luzes são acesas para comemorar as vitórias (do lado do bem eu acho, hehehe). Existem várias lendas relacionadas a esse dia, confira aqui.
Como a área de IT é dominada pelos indianos, o banco aonde eu trabalho comemorou com um almoço típico. Os indianos vieram a caráter. As mulheres usam roupas e lenços de uma cor única, geralmente uma cor forte, e todo bordado, trabalhado com lantejoulas, cristal etc.
A comida é regada a curry! No começo, achava muito codimentado/apimentado. Agora acostumei e estou até gostando. Só não gostei que não serviram cerveja/vinho.
Mas como assim beber no meio de expediente? Aqui é super normal, todos almoços que a galera vai junta rola uns drinks, isso sem falar de sexta-feira, o pessoal traz cerveja e a partir das 16:00 tomam no escritório mesmo. E o meu figo (fígado) como está? Xiiiii ......

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Depois de muito tempo


Olá, depois de muita insistência de amigos, parentes e principalmente de nossas mães/sogras decidimos ressucitar nosso blog. Tentaremos atualizá-lo com mais frequência, pelo menos mensalmente.

Aqui está tudo bem, obrigado.
Estela continua trabalhando na mesma empresa (David Jones). Ela participou em projetos estressantes, aonde ninguém queria assumir a responsabilidade pelo atraso ou ingerência. Mas depois de algumas pessoas pedirem demissão e uma boa conversa com os gerentes, tudo foi resolvido.
Rogerio também continua trabalhando para o banco São Jorge que foi comprado por um banco australiano maior (Westpac). Muita gente foi mandada embora, áreas inteiras, gerentes, diretores, no intuito de cortar as despesas. Sorte que Rogerio trabalha com Internet Banking, e o nosso sistema é melhor do que o deles.
No fim de ano, nossas empresas desaceleram no ritmo dos projetos, afinal para que sofrer durante as festas e especialmente no verão. E ainda, estamos executando nossas tarefas com "hands down" (com os pés nas costas), então está tranquilíssimo.
Estela está fazendo aulas de tênis, e eu começarei na semana que vem. Rogerio joga futsal e disputa um campeonato (escreverei sobre essa liga depois).

Estamos felizes e estabilizados, há 1 ano e 9 meses aqui. Cada vez mais convencido que nossa vinda para cá foi uma excelente decisão. Acho que o calor que está vindo ajuda no nosso julgamento, estamos curtindo as praias todos os finais de semana. E daqui a pouco estaremos aplicando para a cidadania, como diria alguns "o tempo avoa!".

Depois de ter voltado para o Brasil e passeado por Paris temos muitas fotos, voltaremos para o passado nos próximos posts para contar o que aconteceu nesse longo tempo que deixamos de "postar".

Beijos e Abraços, até o próximo post (espero que não demore 9 meses).